Employer branding: por que você precisa saber?
A sua empresa é o melhor lugar para se trabalhar hoje em dia? A sua marca está presente positivamente na mente dos colaboradores, candidatos e clientes? O que vai definir o saldo positivo dessas perguntas é o employer branding, ou marca empregadora.
O conjunto de técnicas de posicionamento de marca é trabalhado para aproximar a empresa de seus colaboradores, tendo como enfoque o público interno. Nesse sentido, o trabalho integrado do RH, comunicação e marketing é fundamental para a construção da imagem da empresa frente aos colaboradores e candidatos.
Curioso para saber do que se trata o employer branding? Leia até o fim e entenda esse conjunto de técnicas que ainda está em ascensão no Brasil.
O que é employer branding?
Employer branding significa marca empregadora, em tradução para o português. Sua definição consiste na construção da imagem e reputação da empresa como marca empregadora enquanto local de trabalho. Simplificando: como você, empregador, gostaria que as pessoas soubessem como é trabalhar na sua empresa?
O employer branding usa das mesmas técnicas de gestão de marcas que o marketing e a comunicação se utiliza para estarem presentes no consumidor. É trabalhar na mente dos colaboradores atuais e futuros trabalhadores como um ótimo local para se trabalhar.
Dentro de uma empresa, o maior ativo que existe são as pessoas, logo, é necessário que elas estejam motivadas para que estas correspondam às expectativas da empresa.
Caio Infante, líder da Employer Branding Brasil, em conversa no Podcast-se – canal de podcast do Grupo Comunique-se, comenta que é importante que o desenvolvimento da reputação como um local de trabalho faça sentido para o que ele chama de 3C’s: colaboradores, candidatos e consumidores.
Por que o employer branding é importante?
Uma pesquisa feita pela Glassdoor apontou que 77% dos entrevistados considera a cultura de uma empresa antes de se candidatar a uma vaga de emprego e 56% diz que a cultura é mais importante do que o salário – sendo que essa importância é maior entre os adultos mais jovens da geração do milênio.
O conceito do que é um bom lugar para se trabalhar mudou na mente do colaborador. O que antes poderia ser considerado importante na decisão de trabalhar em uma empresa, como: salário, benefícios e status quo, hoje, os candidatos buscam uma organização que tenha espaço para autonomia, oportunidade para empreender e um espírito inovador.
Portanto, desenvolver o employer branding ajudará a se conectar com os futuros candidatos que procuram uma empresa que esteja alinhada aos valores e interesses deles. Não que o salário e os benefícios não sejam importantes, mas estruturar um plano de carreira e trabalhar sua marca empregadora como referência de trabalho e desenvolvimento profissional pode gerar grandes ganhos para sua empresa.
Uma pesquisa feita pelo Linkedin – Employer Branding Essentials – apontou que o custo a mais por colaborador para uma empresa que não investe em sua reputação é de U$ 4,723 USD. Ela ainda fala que metade dos candidatos não trabalhariam em uma empresa que possui uma marca empregadora ruim, mesmo se o salário oferecido fosse alto.
Como iniciar uma campanha de employer branding na empresa?
É muito importante considerar o employer branding como um ponto estratégico na construção da imagem de que sua empresa é o melhor lugar para trabalhar. Para isso, o RH precisa estar conectado com os objetivos e interesses da organização – onde está e para onde ela pretende ir. Além disso, é fundamental realizar um processo de recrutamento e seleção com os melhores talentos, falar com o público certo e escolher os canais adequados para atrair os profissionais de interesse. Além, é claro, de inovar no processo seletivo e jornada do candidato.
Junto com isso, a comunicação interna e o endomarketing trabalham juntos para garantir o engajamento dos colaboradores e fortalecer o pertencimento deles com a empresa, para que sintam que lá é o melhor lugar para trabalhar. Mas para isso, as equipes relacionadas a esse trabalho devem ter uma boa interação, seja quem trabalha só com recrutamento e seleção, departamento pessoal, treinamento e performance, seja quem atua na comunicação institucional.
Assim, é possível divulgar a imagem da marca para os futuros colaboradores, trabalhando internamente com seus colaboradores atuais, ou seja, de dentro para fora. Dessa forma, o que acontece internamente pode estar alinhado ao discurso, ou seja, aquilo que se vende realmente acontece e é entregue com qualidade.
O conceito do funil de vendas, atrelado ao marketing, também pode ser trabalhado nesse processo, no momento do recrutamento e seleção – é o que se chama de Inbound Recruiting. Em linhas gerais, temos:
- Atração (visita na página de carreiras);
- Conversão (demonstra interesse em fazer parte da empresa);
- Fechamento (lead se torna candidato);
- Encantamento (torna-se ou não colaborador, podendo indicar a empresa para amigos a participarem do processo seletivo).
Concluindo
Employer branding, ou marca empregadora, é como sua empresa é vista pelas pessoas como o melhor lugar do mundo para se trabalhar. Fortalecer a marca empregadora é atrair e recrutar os talentos certos para sua empresa; e se conectar com os valores e interesses dos colaboradores para um ambiente que promove os desafios, inovações e um plano de carreira bem estruturado.
Para isso, o RH e as áreas envolvidas nesse processo, como o marketing e a comunicação, são ponto-chave fundamentais para desenvolver o employer branding – que vai além do dress code.
Gostou do conteúdo? Eu te convido a se aprofundar ainda mais e ouvir o Podcast-se – canal de podcasts do Grupo Comunique-se – com um bate-papo enriquecedor com Caio Infante, líder da Employer Branding Brasil. Ele nos trouxe uma explicação didática sobre o employer branding, com apresentação de Cássio Politi.
Ouça abaixo: ?