Com as mudanças no modelo de trabalho e o papel estratégico da comunicação interna no cenário pós-pandemia, é fundamental entender as tendências da área para 2022.
O que vai ser levado em conta na comunicação interna em 2022? Quais são as prioridades que farão parte das estratégias da organização, a fim de melhorar o engajamento dos colaboradores, frente a uma nova realidade no modelo de trabalho?
Separamos 5 tendências da comunicação interna e as transformações do setor neste caminho em direção ao mundo pós-pandemia. Acompanhe!
As 5 tendências da comunicação interna para 2022
1. Comunicação no modelo híbrido
O modelo de trabalho foi modificado com a chegada da pandemia. Do presencial para o home office, as organizações enfrentaram um cenário de incertezas sobre como a situação ficaria nos próximos meses.
Com isso, tanto os processos de trabalho quanto as interações entre as pessoas passaram por mudanças. O contato físico deixou de existir e a adaptação para reuniões online e gestão remota tornaram-se a pauta do momento. Nesse sentido, a comunicação interna passou a ser ainda mais estratégica, pois o desafio maior era manter os colaboradores engajados e informados, sem a dinâmica presencial.
Com os novos rumos que a pandemia está tomando, como o aumento da vacinação e a queda das taxas de transmissão, segundo pesquisa divulgada pela KPMG, 85% das empresas pretendem trabalhar no modelo híbrido. Podemos observar, então, uma maior adesão a esse modelo, que é aquele em que o trabalho pode ser dividido entre o presencial e à distância.
Por essa razão, o papel da comunicação interna será fundamental na transmissão da mensagem, que deve ser a mesma para quem está no presencial e em casa. O profissional da comunicação precisará ficar atento em reforçar a cultura organizacional, para que não se perca a essência da empresa.
Neste caso, deverão existir conteúdos que falem sobre a missão, a visão e os valores, bem como ações de integração entre os colaboradores. Por exemplo, encontros mensais ou trimestrais entre todos, organizados pelo/pela CEO ou pela diretoria, cujo intuito é apresentar os resultados da empresa naquele período, bem como reforçar a cultura e as políticas de gestão.
2. Colaboradores protagonistas na comunicação
Unir forças no processo de comunicação possibilita maior abrangência do conteúdo e riqueza de informações. Permitir que o colaborador também seja um produtor de conteúdo fortalece seu sentimento de pertencimento com a organização e auxilia o profissional de comunicação interna.
Uma prática que pode ser recomendada é eleger um representante de cada área da empresa para que, periodicamente, ele possa reunir as principais novidades e notícias do setor em que atua. Assim, ele compartilha com o time de comunicação interna, que vai realizar a curadoria do conteúdo, e todos poderão ficar por dentro das principais novidades de um determinado setor da empresa.
Com essa ação, a comunicação se tornará mais horizontal e o profissional de comunicação interna assumirá uma posição ainda mais estratégica. Ou seja, dará luz ao que é mais relevante e útil para a organização.
Quando o colaborador participa da comunicação interna, ele já está sendo engajado e motivado a experienciar a cultura da organização. Inclusive, você sabia que profissionais engajados são até 17% mais produtivos e as companhias com taxas elevadas nesse quesito são até 22% mais lucrativas?
O papel do RH, em trazer o colaborador cada vez mais perto da organização, mesmo à distância, continuará sendo fundamental nesse sentido.
3. Mensuração e análise de dados
A análise de dados ainda será uma importante tendência para a comunicação interna. É por meio da mensuração dos resultados que será possível identificar o que deu certo e o que pode ser melhorado nas ações futuras da comunicação interna e do endomarketing. Por meio de uma análise bem detalhada é que será possível adotar estratégias baseadas em números, e não em suposições. Porém, antes de realizar a mensuração, é fundamental ter clareza nos objetivos da comunicação, alinhados com as expectativas da organização. Assim, será possível trabalhar com uma análise mais assertiva dos indicadores, focando naquilo que realmente faz sentido.
Estabeleça metas e objetivos, a fim de que eles possam ser acompanhados constantemente durante o ciclo da comunicação interna. Por exemplo: o nível de engajamento, participação em eventos internos e acompanhamento do conteúdo publicado.
Tais metas podem ser relacionadas com os números gerados pelas ferramentas, como aberturas de e-mail, compartilhamento e reações (likes e comentários, caso tenha uma rede social corporativa). No entanto, também podem ser analisados os indicadores estratégicos, os quais não estão ligados diretamente com a operação, mas que acompanham a estratégia de comunicação. Nessa lista, podemos elencar:
- Metas do RH e os objetivos da organização;
- eNPS, com pesquisas que mensuram o quanto o colaborador recomendaria a empresa para um amigo trabalhar;
- Turnover e produtividade dos colaboradores.
4. Digitalização da comunicação interna
É fundamental se comunicar com os colaboradores nos canais em que eles estão presentes. Com o modelo híbrido, a digitalização continua sendo necessária para que o alcance da mensagem seja cada vez mais ampliado. Por isso, é importante pensar em estratégias e ações em que a comunicação seja rápida e efetiva, a fim de manter o contato com a liderança, equipe administrativa, operação e produção.
Nesse quesito, podemos listar a rede social corporativa e o aplicativo de comunicação interna, que permite interações em tempo real, segmentação para grupos específicos, de acordo com o que será comunicado, bem como mensagens rápidas e dinâmicas.
Entretanto, é importante ressaltar que a adoção das ferramentas vai depender dos objetivos da organização. Como a comunicação interna será trabalhada com os colaboradores, com o intuito de que não haja nenhuma desconexão no meio do caminho.
É fundamental que, antes de se pensar na ferramenta, seja estabelecido um planejamento e um estudo interno para avaliar qual o canal que mais se adapta com a realidade e o cenário da organização.
5. Jornada de novos colaboradores
Como reforçar o processo de onboarding dos novos colaboradores nesse modelo de trabalho híbrido ou à distância? Observa-se, nesse processo, a importância da comunicação interna nas etapas para o início da jornada de um novo talento na empresa, contribuindo para o onboarding dos novos colaboradores e o reforço da cultura organizacional.
É fundamental manter o novo talento bem informado sobre seus primeiros passos na empresa, bem como a cultura organizacional, já que existem casos em que o profissional vive em outra cidade ou outro estado. Com isso, observa-se como a comunicação interna é uma parceira estratégica de todas as áreas, bem como do RH.
Para entender um pouco mais sobre como criar uma jornada especial para os novos talentos que entram na empresa, acompanhe o vídeo especial que preparamos sobre esse assunto:
Conclusão
Acompanhar as tendências da comunicação interna permite avaliar a evolução do setor e se manter constantemente atualizado para oferecer a melhor experiência para os colaboradores. O profissional da comunicação precisa estar atento, ano após ano, sobre os direcionamentos e quais caminhos seguir, de acordo com o que o mercado está indicando. E se você quiser acompanhar mais conteúdos sobre comunicação interna, endomarketing, RH e TV corporativa, acesse o blog da SuaTV e fique por dentro.
